Video

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Caso Miguel Cestari dos Santos



A polícia ouviu nesta sexta-feira (1º) os pais de uma criança que pode ter disparado o tiro que matou o colega, de 9 anos, dentro da escola, em Embu, na Grande São Paulo. Outra família contou em depoimento que o perigo rondava a sala de aula havia algum tempo.
Em busca de informação sobre o tiro que matou Miguel Cestari dos Santos, dentro da escola, a polícia já ouviu mais de 40 pessoas. No fim de cada depoimento nesta sexta, os pais de alunos fizeram desabafos.
"Para mim é um choque pensar que poderia ter sido o meu, mas graças a Deus ele não viu nada, sabe”, disse uma mãe de aluno.

O depoimento de uma funcionária da escola reforçou a suspeita da polícia de que o tiro pode ter sido disparado por um aluno com problemas familiares, provavelmente por acidente.
Os pais desta criança já foram à delegacia e negaram que o filho tivesse levado uma arma para a classe. Mas outra família contou à polícia que o perigo rondava a sala de aula havia meses. A avó de um aluno disse que, em agosto, o neto levou uma bala de revólver para casa. Na época, a escola foi comunicada oficialmente.
“Ele mostrou, não sabia o que era, parecia um brinquedo, né? Ele falou: ‘Olha, vó! Apareceu no meu estojo e ninguém sabe de quem é’. Aí, o meu genro estava do lado e falou: ‘Isso deve ser uma bala, uma coisa que é muito perigosa, não deixa na mão dele’”, contou Célia Burim.
“Nós fizemos uma comunicação formal. A professora deu ciência na agenda dele, mas não deu nenhum retorno”, completou Nivaldo Burim, avô do aluno.
Nesta sexta-feira, na primeira vez que falaram sobre a tragédia, os pais de Miguel reforçaram a denúncia. Roberta, a mãe, disse que um aluno da mesma sala ofereceu ao filho dela um presente estranho.
“’Mãe, tem um amiguinho da escola que ele quer me dar uma bala de revólver’. E ele pediu permissão: ‘Se eu perguntasse para você, se você deixaria, ele me dar essa bala. E depois que ele falou isso, ele falou se você deixa ele me dar uma arma'”, contou Roberta Cestari, mãe de Miguel.
“Eu sempre chorei quando via um pai na televisão passando por isso e não quero que aconteça com ninguém porque é pior quando é com a gente. A única coisa que a gente gostaria de saber é como um pai tem uma arma e deixa o acesso ao filho. Joga fora isso aí que não presta para ninguém”, desabafou Dênis Ricce dos Santos, pai da vítima.
Em nota, a Escola Adventista de Embu disse que colocou à disposição dos pais de Miguel assistência psicológica e econômica e que os professores e funcionários estão colaborando - voluntariamente - com as investigações. As aulas serão retomadas na terça-feira (5).
Fonte: G1



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Publicidade

BlogBlogs.Com.Br